Atividades investigativas e pós-graduação

A ideia que move este post é provocar uma discussão sobre o motivo que impulsiona os alunos a buscarem a pós-graduação, mestrado e doutorado. Alunos que participam de atividades investigativas tendem a fazer pós-graduação? Essa é uma questão que possui uma certa controversa e por isso merece receber atenção.

Palavras-chave: atividade investigativa; aprendizagem; pós-graduação, mestrado; doutorado

O que será exposto está longe de ser uma análise aprofundada sobre o assunto. Apenas alguns tópicos e citações são expostos para auxiliar quem deseja iniciar no debate ou entendimento do tema. Sugiro que as referências mencionadas sejam lidas na sua íntegra e assuntos correlatos sejam procurados e pesquisados para uma maior imersão no assunto.

Ensino por investigação e aprendizagem

O ensino por investigação é uma metodologia que visa promover à experiência de realizar atividades de cunho investigativo, pelos alunos, a fim de que reflitam sobre o potencial dessa vivência para o desenvolvimento da aprendizagem. É baseada na apresentação de um problema, elaboração e teste de hipóteses, seja por meio da pesquisa, seja por meio da experimentação.

O ensino por investigação estimula o questionamento, o planejamento, a recolha de evidências, as explicações com bases nas evidências e a comunicação. Carvalho (2013, p. 10) afirma que …

…qualquer que seja o tipo de problema escolhido, este deve seguir uma sequência de etapas visando dar oportunidades aos alunos de levantar e testar suas hipóteses, passar da ação manipulativa à intelectual estruturando seu pensamento e apresentando argumentações discutidas com seus colegas e com o professor.

De acordo com Chassot (1990, p. 67) …

…“deve-se buscar cada vez mais o entendimento cientifico pelo entendimento da ação, afastando-se da concepção de Ciência como conhecimento racional, acabado e imutável”.

Sendo assim, a partir de vários estudos, o ensino por investigação se destaca por oportunizar que o aluno participe de todo o processo de aprendizagem.

Azevedo (2004, p. 22) destaca que, utilizar atividades investigativas como ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos é uma forma de levar o aluno a participar de seu processo de aprendizagem, sair de uma postura passiva e começar a perceber e agir sobre o seu objeto de estudo, relacionando o objeto com acontecimentos e buscando as causas dessa relação, procurando, portanto, uma explicação causal para o resultado de suas ações e/ou interações.

Assim, os trechos acima fazem parte de BRITO, B.W.C.S, BRITO, L.T.S, SALES, E.S., (2018) e têm o intuito de mostrar a importância do aluno poder participar de um ensino por investigação. Sob o mesmo ponto de vista, para o aluno da graduação que participar de atividades investigativas, isso disparará o “gatilho” pela pós-graduação? Finalmente, é preciso uma discussão maior de estimular a atividade investigativa para que os alunos de mestrado e doutorado quando chegarem na pós-graduação já tenham o “espírito de investigador” .

Referências

AZEVEDO, M. C. P. S., Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala de aula

BRITO, B.W.C.S, BRITO, L.T.S, SALES, E.S., Ensino por investigação: uma abordagem didática no ensino de ciências e biologia,  Revista Vivências em Ensino de Ciências,   Volume 2 Número 1, 2018.1

CARVALHO, A. M. P. de.In: ______ (org.), Ensino de Ciências por Investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013, p. 02-10.

CHASSOT, A.I., A Educação no Ensino de Química. Ijuí, Rio Grande do Sul: Unijuí, 1990.

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